sexta-feira, 4 de junho de 2010

Refém do passado

As pessoas esquecem. Esquecem e perdoam-se. Mesmo quando não há perdão. Ou haverá sempre perdão? Fala-se de Deus, mas se calhar, o que queremos dizer é consciência. Deus pode ser a alternativa aos que não acreditam em si e são desprovidos de consciência.

Será que se esquecem os erros? Ou será que se compensam com atitudes para com outros? Porque será tão difícil enfrentar as pessoas lesadas e dizer: "Desculpa-me"? O carácter é decisivo e na maior parte das vezes, inexistente.

Odeio a falta de coragem. A mesma que me faltou para falar de amor e "para sempre". Tenho agora de sobra para relatar a falta de coragem de quem fugiu e foge sem me dizer... adeus.

sábado, 8 de maio de 2010

Movimentos de vida

Gosto de escrever sobre coisas boas, mas raramente posso. Ou melhor, raramente coisas boas são motivo de frases que juntas, formam textos que alguém leia. É nas piores fases da nossa vida que encontramos a beleza dos momentos bons. E se calhar o segredo é mesmo esse. Talvez nas piores fases, falar do melhor que nos escapou desde a última consagração de "luz".

A espiral move-se constantemente. Estejamos nós a fazer os dias contar ou não, a vida não espera. A saúde e juventude também não... e cada dia conta. Façam-no contar. TODOS os dias. Minto se disser que todos os dias o faço, mas não minto se disser que tento.

Todos os dias, sem excepção, dedico alguns largos minutos à reflexão, à introspecção. Todos os dias, sem excepção, encontro um lugar onde podia ter estado e que por falha, perdi. E não refiro falha como algo passível de castigo, mas falha por ignorância. E por isso me perdoo. Não podemos pedir a nós próprios que sejamos plenos de conhecimento. Aprender, no entanto, é o caminho que nos faz sentir bem com alguns erros.

Costuma-se dizer que "não é porque não tem de ser" e é prática comum falar-se de "caminho" como todo um ajuntamento de erros que nos levaram onde estamos. Já não sei o que pensar. Mas certamente partilharei convosco conclusões a que chegue no futuro.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Que fazemos a nós próprios?

É bom correr. É bom sentir cada parte do nosso corpo a responder melhor ou pior. Até a alma fala connosco, até nos relembra. Até nos "bate". Quando entendemos que aquele tempo que ali passamos a suar não nos deixa ir a lado nenhum, percebemos que muita coisa está calejada no nosso subconsciente. Quando não o podemos fazer, porque ali estamos, temos vontade de fazer muito.

Temos em nós que "hoje faço isto" e "logo de seguida aquilo". E é engraçado como se pode transportar isso para o quotidiano e para todo o estado de Alma que nos afecta diariamente. Procrastinação talvez. Cobardia? Medo? A verdade é que facilmente nos desculpamos quando falhamos. Quando ainda nem começámos e já nos contentamos com algo menos que o melhor.

"Não mereço". É o que está no subconsciente. Em consciência? Merecemos tudo, mas isso é uma máscara. E todas caem com a consciência que os anos vão passando e todos os sonhos vão embora. Não deixem que isso aconteça. Arrisquem. O amanhã virá certamente, e terão de viver com o que não fizeram. Amei e perdi, porque não tive coragem de ir à luta. De vencer o meu orgulho. E merecer ser feliz.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

O Começo

Como todas as pessoas com alguma consciência, vivo com um desgosto de Amor. Todos os dias procuro perceber um pouco mais de mim, um pouco mais do que sou, de quem fui, em quem me tornei. Sofro por ter feito sofrer. E sofro por me sentir castigado por isso mesmo. Não castigado por algo ou por uma entidade sem nome ou matéria palpável, mas pela minha consciência.

Vivo na ilusão de poder vir a mudar algo do meu passado, mas tenho plena consciência de que apenas posso agradecer ter vivido o que sinto ter sido uma benção, um sonho. Posso agradecer por ter aprendido com isso, e se analisar friamente, aprendi muita coisa. Mas não posso dizer que tenha sido a bem, ou que se pudesse, seria sempre assim. E escolheria os passos que dei. Não. Faria muita coisa diferente com a oportunidade que a vida me deu. Não me refiro a escola, curso, trabalho... tudo isso com maior ou menor dificuldade se corrige na vida. Mas ao episódio que dá origem a muita reflexão na vida. A forma como tratamos, percebemos e gerimos emoções com aquela pessoa... não uma, mas a pessoa...

Será correcto falar em gerência de emoções? Não me interpretem mal, vivo e sempre vivi com o que a vida me deu. E sempre deixei as coisas correrem, por mais que tivesse uma ânsia tremenda em acelerar processos. A história com esta pessoa foi bonita, na forma como naturalmente (do meu ponto vista) se desenvolveu até ao 1º beijo. E depois foi uma confusão sem precedentes que não me atingiria, não soubesse eu em todos os momentos que estava a perder e a perder-me.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Inspirações

Adoro música, e como muita gente, sentiria um vazio muito grande caso não pudesse usufruir desse luxo. A música acalma a besta :) e a mim sempre me transportou a sentimentos geralmente melhores. E nesse contexto, tive a felicidade de "encontrar" uma banda que embora conhecendo, uma vez que o tema "Selling The Drama" foi um hit em todo o lado. Simplesmente não fazia então ideia do papel que tomaria na minha existência. LIVE. Não é "ao vivo". É mesmo o nome da banda. Que infelizmente terminou. Quanto mais não seja, terminou com o alinhamento que a fazia uma banda que de facto, faz sentido ouvir. O vocalista, Ed Kowalczyk, é uma das minhas maiores inspirações. Como todas as pessoas, pleno de defeitos, certamente. Pelo menos, é-lhe atribuída o rumpo da banda. No entanto, é de uma iluminação notável. As letras que compõe são de uma beleza inigualável, a voz é considerada uma das melhores, e o som melódico das canções permite-nos sentir cada segundo. Se quiserem ouvir um bom exemplo :

Live - Heaven "Não preciso que ninguém me fale acerca do paraíso. Eu olho para a minha filha e acredito".

O mais impressionante é a sua referência à fonte de inspiração sendo a espiritualidade. É importante notar algo que muitas vezes passa como sinónimo de religião. A espiritualidade. na minha forma de ver, a fé muitas vezes separa as pessoas, a espiritualidade une-as. É essa a diferença. A fé em algo ou alguém salva-nos. Até de nós. Para quem esteja mais familiarizado com inglês, poderá ouvir isso mesmo das palavras do Eddie:

Ed Kowalczyk

Ser fã de uma personalidade destas, com a humildade que demonstra, faz-me ser melhor. E faz-me lamentar não ter aprofundado tudo o que aprendi mais cedo. Não teria perdido momentos e não teria perdido Amor. Mas aprendi. E por mais tarde que possa ser, nunca será tarde demais.

Bem vindos!


Olá a todos!

Estou feliz por poder finalmente falar, desabafar, descrever o que sinto, vivi, as esperanças em diversas formas e lugares, em pessoas. Em mim. Embora longe de qualquer tipo de cobardia inócua, revelar a minha identidade não só daria aso a etiquetas, como deitaria por terra todo o intuito deste blog.

Vivi tanto, sofri, ri, chorei e fui feliz. Tal como todos os que possam ler estas palavras. Nada de novo aqui, mas talvez venham a ler muita coisa de facto nova para alguns. E outras que para estes últimos seja comum, para outros seja uma lição. Penso que todos temos o poder de ensinar o próximo. Se esse próximo quiser escutar. Ouvir todos ouvimos. Escutar nem todos. Convido-os a escutar. E estejam à vontade para comentar, questionar, e até exemplificar. Por favor, entendam que relatarei opiniões e a minha experiência. E não a tomem como algo absoluto na minha opinião. Apenas tento perceber-me. E que os meus erros sirvam de caminho, a não tomar. Ou a tomar cuidado caso seja o vosso.

Bem hajam.